"E, nos murmúrios do vento, vão-se os meus silêncios"" (Sonya Azevedo)

 

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Silêncio da Alma


 Silêncio da Alma

No mais estranho abismo que me invade
A alma, ouço a voz do tempo a se extinguir.
Na imensidão sem fim da eternidade,
É onde a quimera deixa de existir.

Amplo é o breu, mas brilha a claridade.
O tempo segue. Já não há revir.
É vida em suspensão, toda a verdade 
Que se revela ao centro do existir.

Na alma, não há início nem final.
Não há dor, som ou forma de esperança.
Somente o respirar original.

Assim, desnuda de qualquer lembrança,
Vejo-me tal primeira vez, real;
No âmago onde o silêncio se balança.

Sonya Azevedo

6 comentários:

  1. Ana Maria Brasiliense2/7/25 12:49

    Maravilhoso como sempre!..Os quatros primeiros versos, são espetaculares ,onde tudo ficou bem esclarecido...Aplausos muitos,muitos.

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  2. Muito grata, Ana, por seu cainho de sempre. Que Deus a abençoe e proteja seu caminhar. Luz e paz. Bjs

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  3. Anônimo2/7/25 14:56

    Suas emoções estão sempre se renovando e criando poemas lindos.

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  4. Daniela Pimentel2/7/25 15:15

    Belíssimo e inspirador!

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  5. Anônimo2/7/25 15:18

    Muito grata TT e Dani pelo incentivo. Amei. Luz e paz.

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  6. Sandra Azevedo2/7/25 16:49

    Parabéns, Sis! Mais um soneto teu e o mundo ganha um pouco mais de beleza. Gratidão por tocar nossos corações com tanta beleza.

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Grata pela visita e pelo mimo!