Vens-me tão
minha, tão sem permissão,
Deitar-te nos
meus alvos e macios
Cetins. Tão
pura... trazes-me a paz, o ócio,
Deixas-me teus
vestígios na mi'a mão.
No alvor da minhas
laudas, os teus cílios,
Negros cílios que
riscam mi'a visão
Largando versos em meu
coração.
Este coração já tão
arredio!
Na mescla das palavras,
és tão ágil,
Deixas-me em torpor,
pura estesia...
Assexuada,
virgem, alada e terna,
Retiras do meu peito o
que há de dócil,
Porque tu, mi'a ternura
de poesia,
Em mim, já te
fizestes... ah! Eterna!
(Sonya Azevedo)
(Sonya Azevedo)