Outono em Despedida
Em tom cinzento e um leve e triste aceno,
Despede-se a estação do chão dourado,
Co' uma garoa fina e seu chiado,
Em harmonia co' o cantar sereno
Do ventar. E, o infinito, em tom ameno,
Apressa-se a beijar o acinzentado
Mar que, com seus cabelos ondulados,
Deita-se sobre os cristais escalenos.
E eu, na visão bendita desse adeus,
Senti na dor o brilho da alvorada,
Como se a noite abrisse os olhos meus....
Vendo a estação partir e enamorada
Co' a calma do silêncio, ouvi-me em Deus,
Na paz da despedida mais sagrada.
Sonya Azevedo
Inspiração iluminada!Ainda hei de ver você publicar um livro! Parabéns pelo belíssmo soneto! Bjs
ResponderExcluirAnna, querida, só agora vendo seu comentário. Muito grata, de coração. Luz e paz. Bjs
ExcluirBom dia, querida Sonya, seus sonetos diferem de muitos, quais seguem tão somente as regras básicas, para compô-los, tornando-os envoltos em ataduras, já os seus, me sugerem pássaros livres de gaiolas, pois eles têm alma, sentimentos, têm fulgor transluzente, a gente sente o que tu sentiu ao riscá-los, por isso gosto muito de lê-la, caríssima poeta, só enriquece meu ser poético, obrigada pela arte, e parabéns!
ResponderExcluirSon, querida, muito grata por seu comentário e carinho. Fiquei lisonjeada. Luz e paz. Um ótimo final de semana. Bjs
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