A Flor dos Sonhos
Ó flor, que deixas grãos pelo caminho,
Na esperança de um dia florescer
Neste meu seio, em sombras a sofrer,
Sem braços, sem calor, sem um carinho.
Hoje há saudade, dor e desalinho,
Noite vazia, um cerne a esmorecer,
Chorando a ausência que insiste em doer,
No silêncio dos versos que eu escrevinho.
Ó flor, que à névoa agora te misturas,
E queres do lembrar, todo o apagar,
Arranca, pois, do seio mi' as agruras.
Co' a brisa foi-se parte de um sonhar;
Mas nova raiz brota e me assegura:
Outro tempo, outra flor a germinar.
Sonya Azevedo
A melancolia e a beleza dançam juntas por aqui. Um excelente soneto, Sonya.
ResponderExcluirBom domingo, cheio de luz!
Lindo soneto aqui partilhas amiga Sonya.
ResponderExcluirOnde a melancolia e a beleza caminham de mãos juntas.
Gostei muito.
Beijinhos e bom fim de semana.
Mário Margaride
Os seus sonetos são excelentes.
ResponderExcluirA Sonya é uma poetisa de mão cheia.
Boa semana.
Um beijo.
Olá, amiga Sonya.
ResponderExcluirPassando por aqui, relendo este belíssimo soneto que muito gostei, e para desejar uma feliz semana, com tudo de bom.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Sony,
ResponderExcluirembora haja um tom melancólico, a arquitetura dos seus versos é primorosa.
Perfeitos são os seus sonetos. Gosto muito lê-los . Faço isso prazerosamente.
Abraços,
Mais uma joia de criatividade
ResponderExcluirMaravilha!!
ResponderExcluirSoninha perfeito!!
Aldrin M. Félix: versos de saudade, dor e uma esperança que possa germinar auspiciosos frutos. Belíssimo trabalho, Sonya, amei!
ResponderExcluirAmiga
ResponderExcluirDe onde vem tanta tristeza?
Aline querida, a tristeza não é minha é do eu lírico. Jamais confunda o escritor com os seus personagens. O poema de Fernando Pessoa define muito bem o poeta quando diz que ele é um fingidor, que até finge sentir dor. Luz e paz. Bjs
ExcluirOi Sonya que lindo Soneto! Ele tem um quê de tristeza e de esperança! Abraços francanos pra você querida amiga! Como são sonoros seus Sonetos!
ResponderExcluirMais um belíssimo soneto a enriquecer a obra da nossa querida poetisa.
ResponderExcluirParabéns! Linda composição, poética até os confins do vento. Receba meus aplausos.✍️👏👏👏
ResponderExcluirOlá Sonya,
ResponderExcluirLevada pelos ventos do acaso,
descobri sua página como uma praia onde as palavras dançam,
onde cada poema roça a alma com a graça de uma onda estrelada.
Sua arte criativa, sutil e vibrante
desperta em mim uma doce admiração.
Deixo-me deslizar discretamente entre seus seguidores,
como uma pena colocada na borda de seus versos.
Com todo o meu respeito,
Véronique.
Sonya,
ResponderExcluirtua flor tem alma.
Li e fui tomada por esse perfume antigo da dor aquele que fica mesmo depois que a ausência se instala. Verso após verso, senti o eco das saudades que não cessam, das noites em que a palavra é o único colo.Mas o que me tocou mais fundo foi esse gesto final de esperança: “Mas nova raiz brota e me assegura…” Ah, como é bom saber que, mesmo depois da perda, da névoa, do desalinho ainda há algo em nós que germina. E que mesmo com o peito em silêncio, há sempre um poema que insiste em florir.
Obrigada por essa entrega.
Com carinho,
Fernanda
Versos, lindamente tecidos, de seda e d'alma, parabéns, poetisa💡✍️👏🏻🫶🏻
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