Há uma sede que água não sacia...
Vertente de olhos: são as salsas gotas...
Nos meus lábios, o afã não alivia,
E no céu, há um sol que se desbota...
Desponta a lua imensa e mais vadia
Trazendo-me lembranças mais remotas
Que descansam tão mudas pelo dia
E gritam forte ao irem-se as gaivotas.
E os lábios meus suplicam pelos teus,
O teu calor, o meu corpo só implora,
E o meu exílio, entrego-o pra Morfeu...
Saudade que este peito já deflora...
E, a ter-te uma vez mais, embriago-me eu,
Deste ímpar desejo que o luar aflora!
Sonya Azevedo
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