Co'o sol posto se inicia o grão coral.
Distinto do coral do amanhecer,
Aves silenciam para conceber
À noite, sua magnitude, seu astral.
Nos brejos, o coaxar da saparia...
Pirilampos querendo disputar
Nas matas co' o douro céu estrelar,
O claror por detrás das serranias.
Tão perfeita tal giro d'um compasso,
Desponta sua majestade celeste
Entre os morros e as ramas d'um cipreste,
E na mudez d'um vento já tão lasso.
Mágica e livre tal um navegante,
Singra majestosa em mar d'estrelas
Perdoa co'o claror as tantas querelas
E une em sonhos e amor, os amantes.
E esplendorosa navega silente
Venerada pelo céu de setembro,
Na pena do poeta e se bem me lembro,
No riso matreiro do Onipotente.
(Sonya Azevedo)