"E, nos murmúrios do vento, vão-se os meus silêncios"" (Sonya Azevedo)

 

domingo, 16 de julho de 2017

Minha Bandeira



Minha Bandeira deixa-se escorrer
Em mastro deslizante em pau de sebo.
Soltam-se estrelas e eu já nem percebo
Que o infindo se perdeu no entrecorrer.

A lama encobre os restos do poder.
A venda na Justiça, é um placebo,
Não a cega, refulge a luz de Febo
E perdoa a quem mais lhe oferecer.

Ordem, progresso diluído no ouro
Saqueado do sonho de milhões
Que creram e, no crer, foram traídos.

A ave, plana nos verdes, traz o agouro,
Na voz e no âmago dos cem milhões,
Que urgem ver confinado o Rei Caído.

(Sonya Azevedo)

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