"E, nos murmúrios do vento, vão-se os meus silêncios"" (Sonya Azevedo)

 

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Minha Poesia



Vens-me tão minha, tão sem permissão,
Deitar-te nos meus alvos e macios
Cetins. Tão pura... trazes-me a paz, o ócio,
Deixas-me teus vestígios na mi'a mão.

No alvor da minhas laudas, os teus cílios,
Negros cílios que riscam mi'a visão 
Largando versos neste coração.
Este coração já tão arredio!

Na mescla das palavras, és tão ágil,
Deixas-me entorpecida, em estesia...
Assexuada, virgem, calma e terna,

Retiras do meu peito o que há de dócil,
Porque tu, mi'a ternura de poesia,
Em mim, já te fizestes... ó! Eterna!

(Sonya Azevedo)





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