Murmura-me o vento
O doce sussurro
Desta saudade
Que se desabrocha em flor.
É quando o tempo para!
Para a escutar
A terna música
Que se desfolha
Em ritmo
Nostálgico.
E os meus braços
Perdem-se
Nos prados
Dos tantos sonhos,
Do afeto dos teus abraços!
E os meus lábios
Buscam pelos teus!
Ah! Lábios
Que se perderam
Na curva das estrelas
Onde ficaram os meus versos.
Versos mudos
De algum poema
Vivo nas muitas palavras
Mas afogado no meu pranto
Que o tempo não secou.
(Sonya Azevedo)