Vazio...
O nada e este coração solitário
Que permeiam os vales,
Os muitos luares...
Nada...
Nada além deste coração solitário
Que vagueia nas estrelas,
Na dança morta do riacho,
Vagaroso,
Temeroso...
Nada...
É só o silêncio do amanhecer
Na harpa dos cabelos teus...
Nada...
O nada e estes olhos meus que respiram
O sussurro das marés;
E buscam nas várias vagas,
Nos tantos cais,
Pelo sol dos braços teus...
(Sonya Azevedo)