Suspiros
Lábios esmaecidos na aquarela
Do limiar: é dia dando adeus
Para a noite enlutar. Os louva-a-Deus
Pintam asas co' o douro de uma estrela;
E o pulular das ondas co' a branquela,
Pintam rastros no mar e os cimos seus.
E eu, com meus pensares já tão ateus,
Entrego-me ao luar pela janela.
Nesse paradisíaco cenário,
Caem suares da minha alma
Vadia - alma de artista, que desenha,
Que esculpe a vida em sacro relicário,
Que borda versos, que a saudade acalma
E que a Deus conta sobre as minhas brenhas.
Sonya Azevedo
Que bonito soneto. Acho interessante como você descreve o ambiente. São imagens surpreendentes.
ResponderExcluirMuito grata, Davi. Uma ótima sexta-feira e um final de semana magnífico, Luz e paz. Abs
ResponderExcluirOlá, amiga Sonya!
ResponderExcluirSoneto divinal! Gostei da forma soberba, como descreves os suspiros que te invadem a alma.
Parabéns!
Deixo os votos de um bom fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Que ternos e líricos suspiros, Sony!
ResponderExcluirVocê é fato uma grande sonetista!
Beijinhos,
Me gusto el poema. Te mando un beso.
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