Perdão por esse amor tão repentino
Que me chegou assim, sem dar aviso,
Como se fosse um canto de improviso
Ou essa ousada mão deste destino.
Perdão por desnudar-me em desatino,
Pela paixão, quimeras que eu diviso,
Pelo amor infinito e impreciso
E por todo um viver que eu descortino,
Nos vários tons lavados da alvorada.
E me sentindo um pássaro voraz,
Vou-me ao teu ninho e ao tudo que me apraz.
Perco-me em tuas ondas com desejo,
Quebro-me em tua boca tão amada
E bebo deste néctar que é teu beijo.
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