Sombrinhas
Choram os céus a ausência de sua cor
Perdida atrás do gris de tantas nuvens.
E, tentam dispersá-las, as aragens,
A que o dia brilhe e venha com frescor.
Mas seus prantos não findam... É só dor
Ver suas cores mostrando-se em desordens,
Em céu inverso, nos tons das miragens
De árvores caminhantes, multicor.
Ah! Céus e o pranto da insensatez!
As cores deste céu feito inverso
São pessoas que protegem a sua tez
Com sombrinhas em tons ah!..., tão diversos
Que alegram o gris do dia e, por sua vez,
Trazem ao chão, as cores do universo!
(Sonya Azevedo)