E vão-se as folhas de outono!
Ah! Viajantes, bailarinas do vento,
Livres tal já fora meu pensamento,
Ora preso à saudade que eu abono!
Ao infindo, o olhar, eu direciono...
Às folhas mortas, minhas asas no vento,
Levo o meu sentir e o meu intento
De ter-te em meus braços. Isso eu visiono
Com os olhos da poesia. Só assim, então,
Gravo nos rabiscos dos meus sentimentos.
Ah! Íntimos sentires do coração!
Tão triste faz-se a noite! Seu relento
Orvalhado em tanta emoção
Não sacia, em mim, este seio sedento
Que padece em saudade, em ilusão
De sentir os teus lábios suculentos
Beijarem, co' ardor, a minha paixão.
(Sonya Azevedo)
Créditos
Arte e formatação: ® by Sony
TutoAzalee
No tut
Soneto estrambote