"E, nos murmúrios do vento, vão-se os meus silêncios"" (Sonya Azevedo)

 

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Folhas Mortas



E vão-se as folhas de outono!
Ah! Viajantes, bailarinas do vento,
Livres tal já fora meu pensamento,
Ora preso à saudade que eu abono!

Ao infindo, o olhar, eu direciono...
Às folhas mortas, minhas asas no vento,
Levo o meu sentir e o meu intento
De ter-te em meus braços. Isso eu visiono

Com os olhos da poesia. Só assim, então,
Gravo nos rabiscos dos meus sentimentos.
Ah! Íntimos sentires do coração!

Tão triste faz-se a noite! Seu relento
Orvalhado em tanta emoção
Não sacia, em  mim, este seio sedento

Que padece em saudade, em ilusão
De sentir os teus lábios suculentos
Beijarem, co' ardor, a minha paixão.

(Sonya Azevedo)

Créditos
Arte e formatação: ® by Sony
TutoAzalee
No tut


Soneto estrambote

Assim te vejo



Não te imagino u'a negra vil serpente
Que co'os afiados dentes, o meu viço
Suga. Nem me tens no alagadiço,
Charco de vermes sedentos, querentes.

Vejo-te bela, doce, abnuente
à face que te pintam... Um castiço
De dama que faz da via um feitiço
E com o tempo se faz condizente.

Tu, bela dama, trazes rebuliço
Àqueles que, do amor, serão carentes,
Té da saudade... Isso fica cediço.

Mas, sei que, por Deus, tu vens a serviço.
Tens pesar em levar-nos de repente
Para dar à alma novo e eterno viço!

(Sonya Azevedo)

Réplica à poesia
Voz do Desequilíbrio Consciente
de autoria do Poeta Carioca


Créditos
Arte e formatação: ® by Sony
Tube: Anna Ridzi
Tuto Libellule



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