Escrevi teu nome nas espumas,
Alvas espumas do imenso mar.
Quiseram as ondas só algumas
E o teu nome largaram por lá.
Com todo zelo, trouxe-o ao rio.
Mas o rio não o queria por lá.
E o salgueiro, de tanto chorar,
Sangrou teu nome por desvario.
Coloquei-o no final da ponte
Crendo em embarcação que viria.
Mas o vendaval não aviria
E forte o soprou ao horizonte.
E como, tão feliz, eu fiquei!
Seria o fim da imensa saudade
Que me faz sentir a ebriedade
Da ausência que não me acostumei.
Daí, ouvi, do albatroz, a canção...
Chorosa canção da soledade!
No bico teu nome, mi'a saudade
Tornando tudo ao meu coração.
Sonya Azevedo