Cheiro da Manhã
Há um perfume no ar; despertador
Das sensações vindouras da manhã
Um desejo sem nome, um doce elã,
Que busca no teu corpo, o teu amor.
Como um vulcão ardente e sem pudor,
Liberto-me de todas crenças vãs.
Do prazer, torno-me um vero xamã
A te fazer voar tal um condor.
Então te peço: - só não te resguardes,
Deixa-me agir e, sem fazer alarde,
Vive os segundos de um mago momento.
Ó, brisa, ao tempo diga-lhe: - retarde;
Esse desejo é um segredo que arde
E nesse jogo não há lamento
(Sonya Azevedo)
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