Ah, coração, para onde te foste?
Ao lado de que vento pretendeste
Seguir? Ao vento sul ou noroeste?
Busca, em ti, a razão a que te recostes.
Ah, coração! Quieta este pulsar!
Esta saudade que, abraçar, tu teimas,
É fogo que arde, é lava que queima,
Não atrasa o tempo e sim o verbo amar.
A chuva que do céu cai vem de mi' alma,
Desta alma aprisionada a teu sentir.
Tal a saudade, não a prenda, deixe-a ir.
Verás, então, o sabor da paz, da calma.
Verás que asas em ti nascerão
E voarás por todo esse universo,
Terás doas astros os mais belos versos
Que, e só a ti, em poesia, se farão.
(Sonya Azevedo)
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