"E, nos murmúrios do vento, vão-se os meus silêncios"" (Sonya Azevedo)

 

domingo, 22 de novembro de 2015

Cores do Tempo


Cores do Tempo

Esse tempo que, de arco-íris, brinca,
Pinta a vida em todas as suas cores,
Deixa translúcido o tom dos amores,
Esmaece o tom da face que ele vinca.

Fecho os olhos e me impressiona
O verde-esmeralda da juventude;
Cor da esperança, do amor, de inquietude,
Da liberdade que a tudo impulsiona.

E o rubro que vem com o tempo adulto.
Desperta a paixão e os seus sabores,
Descora e, em rosa, traz os amores,
Depois... tons pastéis, a perda e o tumulto. 

Vem, então, o ocre outonal maturado
Na  face tão riscada pela vida,
E, à força, se vê pausada da lida
Tendo o silêncio tal fiel amado.

E nos tons de cinza, só tem saudades...
Saudades tal a foto em preto e branco
Que perde o viço, a cor, o encanto,
E dorme o sono da eternidade. 

Sonya Azevedo

2 comentários:

  1. Que lindo, o ciclo da vida é assim, e estas são as suas cores.
    Adorei! Tua poesia é fluida e verdadeira.

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  2. Boa noite minha querida amiga.
    Sonya, que versos deliciosos! Meus olhos como que deitados nas tuas linhas, que descanso bom!
    A música de fundo está belíssima tbm, emocionada aqui, obrigada pelo bom acordar dos sentidos...
    Um beijo imenso.

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