Sigo atenta as suas suaves pegadas
Que, em poeira, se vão, com o vento
lasso.
Ah! Tão lasso!
Nessa hora me bate uma saudade...
Hora do lusco-fusco, da ebriedade,
Torpor de amor!
Ouço o assovio dos ventos pelas ramas,
Que entoa as dores, anseios de quem ama,
Tanto afã!
Pela janela entreaberta eu o sinto,
Caminhando sobre o vento, faminto
Deste amor...
Entrego-me a essa louca paixão,
Caminhante dos sonhos, da ilusão...
Visão da noite!
Comovido o luar, faz-se em clareza,
Ilumina as marcas da certeza,
Gravadas no tempo.
E o tempo me diz: -"Elas não se foram,
Vieram sementes e agora enfloram;
São Pegadas do Vento!"
® Sonya Azevedo
Créditos
Arte e formatação by Sony
Tube: Gabry
Tuto: Sylvie
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