O carmesim que tinta
O chão ferido
deste verde,
É mácula
Que lacera a
Ferida dos dias....
São tempos parados
Não vividos
De gritos escondidos
Na beira dos rios.
São olhos de peixe
Apodrecidos
Na lama
Da algazarra
Do planalto
Que lambe
O dulçor da perdição.
São versos proibidos
No silêncio
Das ramas
Dos gorjeios das aves.
São asas podadas
Do vento
Que secam
Esperanças
Com o sal do pranto!
