"E, nos murmúrios do vento, vão-se os meus silêncios"" (Sonya Azevedo)

 

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Terra Verde Carmim



O carmesim que tinta
O chão ferido
deste verde,
É mácula
Que lacera a
Ferida dos dias....

São tempos parados
Não vividos
De gritos escondidos
Na beira dos rios.

São olhos de peixe
Apodrecidos
Na lama
Da algazarra
Do planalto
Que lambe
O dulçor da perdição.

São versos proibidos
No silêncio
Das ramas
Dos gorjeios das aves.

São asas podadas
Do vento
Que secam 
Esperanças
Com o sal do pranto!