Ó, tu que silencias a alma tal monge
A se ascender aos céus e, lá de cima,
Entre mil versos, ter o verso opima
A que, os vícios orais ele os esponje.
Tu, pegador de vento, bem ao longe
Há uma pena dançatriz que anima
Os teus silêncios, fruto dessa estima
Poética, onde a verve vem de longe.
Tua alma antiga é zen e universal
E abre-se aos sonhos natos no berçário
De estrelas e os descreve no papel.
Ó, tu, poeta, tens magia e astral
E livras o leitor do seu calvário
Ao dar-lhes versos com sabor de mel.
(Sonya Azevedo)